Intrigas palacianas apontam Rui e Gleisi agindo contra MP que foi devolvida

O fracasso de Fernando Haddad, no caso da medida provisória que afanava créditos do PIS/Cofins do setor produtivo, levantou suspeitas dentro do próprio gabinete do ministro da Fazenda de que ele teria sido alvo de “fogo amigo”, de Rui Costa (Casa Civil), com quem não consegue se entender, e de Gleisi Hoffmann, presidente do PT. Costa ambiciona suceder a Lula e vê Haddad como rival, e a deputada antipatiza mesmo. A suspeita é que a dupla atuou para enterrar a “MP do Fim do Mundo”.

O pretexto de Gleisi, a irascível, é que a política econômica de Haddad, que nem ele mesmo entende, nada tem a ver com “os ideais do PT”.

A picuinha entre Costa e Haddad se arrasta desde o início do governo. O baiano quer priorizar o fiasco do PAC e Haddad não acredita no factoide.

Haddad esperava de Rui Costa um reforço na articulação para evitar o vexame da devolução da MP do afano. Costa não moveu um dedo.

Aos mais chegados, Rui Costa diz que é a Fazenda que tem que arranjar o dinheiro para a desoneração e nega qualquer participação no fiasco.

Dep. Danilo Forte (UNIÃO – CE) (Foto: Agência Câmara)

Danilo Forte é forte opção para suceder a Lira

Parlamentar experiente, com mandato há 13 anos, Danilo Forte (União-CE) vem sendo provocado por colegas a assumir candidatura à presidência da Câmara, na sucessão de Arthur Lira (PP-AL). Seu nome favoreceria a união dos partidos de centro que, isoladamente, ainda não conseguiram produzir candidatura consensual e competitiva. Amigo de Lira, que o presenteou com a relatoria da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), tem diálogo considerado “fácil” com todos os matizes ideológicos.

Forte tem defendido a preservação das prerrogativas do Legislativo, assim como resiste a acordos de submissão da Câmara ao Executivo.

Aos 66 anos de idade, o experiente Danilo Forte é deputado federal desde 2011 e já relatou a complexa LDO por duas vezes.

Hoje no União Brasil, ele já foi filiado ao MDB, PSB e PSDB e, dizem os amigos, tem trânsito com todo espectro ideológico, da esquerda à direita.

Poder sem Pudor

Bombardeio aéreo

No governo José Sarney, o líder baiano Roberto Santos era o ministro da Saúde e o filho do então ministro da Aeronáutica era titular da Secretaria de Vigilância Sanitária. Os dois brigaram por causa de um caso de contaminação de sucos de frutas. Sobrou para o rapaz, sumariamente demitido. Mas ele se vingou, segundo reza o folclore político de Brasília, promovendo atos do mais genuíno terrorismo à brasileira: piloto de ultraleve, fazia voos rasantes sobre a casa de Santos, na Península dos Ministros. Megafone em punho, berrava: “Vou jogar suco na sua piscina!”

O senador botafoguense Eduardo Gomes (PL-TO) descobriu a pessoa que deu a camisa do Corinthians ao Gabigol, com a qual o craque posou para fotos e revoltou os flamenguistas. “Do jeito que gosta de criar confusão sem a menor necessidade, só pode ter sido o Haddad…”

A Secom da Presidência continua escondendo gastos de Lula e Janja em hotel de luxo na Itália, onde o presidente se esmera em discursos “em defesa dos pobres”, entre uma taça e outra de champanhe.

O chamado “PL do Aborto”, que dada a repercussão o governo se diz contra, tem assinatura de deputados de quatro partidos com ministérios no governo Lula: União Brasil, Republicanos, MDB e PP.

“Que a atual primeira-dama é abortista, hoje todo o Brasil já está sabendo. Agora quero a manifestação do atual presidente”, desafia o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

Frase do dia

“É um extraordinário ministro da Defesa”

Lula (PT) sobre Fernando Haddad, que, apesar das bombas fiscais, é titular da Fazenda

Nikolas Ferreira (PL-MG) pediu que a Procuradoria-Geral da República investigue André Janones (Avante-MG), aquele do rachadones, agora por comandar esquema de fake news contra Bolsonaro.

Coronel Mello deve ser oficializado estes dias como vice na chapa de Ricardo Nunes (MDB) para prefeitura de São Paulo. Os acertos finais ocorreram na sexta (14), com Jair Bolsonaro e Tarcísio de Freitas (Rep).

“Agora entendemos a pressa desse povo [do governo] em comprar arroz. Era para beneficiar os companheiros”, cravou o deputado Domingos Sávio (PL-MG), vice-presidente da Frente Parlamentar da Agricultura.

A Comissão de Tributação da Câmara aprovou projeto que obriga presos a pagarem a manutenção de tornozeleiras eletrônicas, cerca de meio salário-mínimo. Agora segue para a Comissão de Constituição e Justiça.

E quando se concluir que taxar só piorou a economia?

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