Suspeita de fraude em licitação para construção de hospitais de campanha assombra governo Witzel

Após a ocultação de contrato de quase R$ 1 bilhão feito pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, com a Organização de Saúde Iabas – organização esta que foi proibida de contratar com a Prefeitura do Rio por envolvimento em irregularidade – para gerenciar os hospitais de campanha do Estado do Rio, agora surgem denúncias de fraude no processo de licitação que deu vitória  a esta empresa.

Existem propostas idênticas feitas por duas empresas diferentes, o que levanta a suspeita de que houve fraude na licitação, segundo o G1. A Épico Eventos fica em Minas Gerais e a Corporate Events, no Rio.

Os textos das propostas parecem plagiados, copiados e colados. Em um trecho, por exemplo, ambas escrevem: “quartos UTIs com piso vinílico, tubulação de cobre para oxigênio e ar condicionado e camas, no total de cento e cinquenta e sete (157) unidades tamanho 3,00 x 2,40 metros”.

A diferença de preço entre elas é de R$ 1,5 milhão. A Épico Eventos oferece R$ 24 milhões e a “concorrente”, R$ 25,5 milhões.

A equipe de reportagem esteve nos endereços registrados como sendo da Corporate Events, no Rio. O primeiro, em Jacarepaguá, é uma casa e a moradora que atendeu o interfone disse desconhecer a empresa. No outro local, na Barra da Tijuca, a empresa ocuparia salas que estavam vazias.

Nesta sexta(17), o G1 esteve na sede da Épico Eventos, em Belo Horizonte. A empresa consta como tendo enviado uma proposta assinada e carimbada pela dona da firma, a empresária Flávia Gontijo Gomes.

No endereço, ela negou que tenha feito enviado qualquer documento ao governo do estado. E disse que o formato de papel timbrado antigo da empresa foi usado no processo dos hospitais de campanha do RJ.

Ainda uma terceira empresa estava ligada a licitação, a empresa Clube de Produção. Quando a equipe de reportagem foi ao local indicado como sede da empresa, encontrou apenas uma vila de casas e sem a firma. Ao ligar para o celular indicado ser do dono da empresa, encontraram um professor que nunca morou no endereço e nunca ouviu falar nesta empresa, e que ficou surpreso com a informação.

A Secretaria de Saúde do Rio enviou a seguinte nota ao G1:

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