A podridão humana está no caráter

Quando vemos uma Deputada Federal fazer uma emenda em uma PL para punir pessoas que em plena vacinação de uma pandemia, cujo vírus pode levar à morte, “simulam” aplicar a vacina e na verdade é só teatro, concluímos que realmente o caráter do ser humano está em decomposição.

Como podem pessoas ligadas na área da saúde “bolarem um plano desses para fingirem” que estão aplicando a vacina que pode salvar uma vida? Estamos acompanhando em redes sociais diversos vídeos com essas imagens e contextos.

E não é caso isolado. Vemos vídeos de norte a sul do país com esse mesmo histórico, a tal ponto que a Deputada Federal Bia Kicis fez uma emenda para punir tais pessoas. “Perigo para a vida ou a saúde de outrem causado pela simulação ou aplicação fraudulenta de vacina. Projeto de Lei 25, artigo 2º – A pena é aplicada em dobro se o perigo é causado pela simulação ou aplicação fraudulenta de vacina.” Isso é uma degradação humana! Pessoas assim devem ser tiradas imediatamente da área de saúde e cumprirem penas pesadas.

Creio caber no caso até como formação de quadrilha. Explico! Na hora da vacinação existem “profissionais da saúde” que fazem acompanhamento do processo todo, aqueles que marcam as carteirinhas de vacinação, que anotam a vacinação nos controles oficiais, os que colocam a vacina na seringa, os que aplicam a vacina, bem como aqueles que ajudam no atendimento. Quando a vacina volta na seringa, qual seu verdadeiro fim? Qual o motivo de não ter sido aplicada na pessoa?

Existe sim uma explicação para isso e temos que investigar. Quando é feita a distribuição das vacinas, há o controle oficial de quantas vacinas foram para aquele determinado local de aplicação. No momento que a vacina é colocada na seringa é contada no controle oficial como aplicação realizada, e marcado na carteirinha do vacinado. Quando a vacina volta na seringa e vai a mesma vacina para outra pessoa, ela é contada novamente, ou seja, é dado baixa em mais uma dose no estoque.

No final do dia, ao contar as vacinas “aplicadas”, vão sobrar doses, frascos que foram contadas como aplicadas, que podem ser “vendidas”, beneficiar “vizinhos ou parentes”, ou até retornar para o Estado e entrar em uma contagem oficial novamente.Qual seria o outro motivo de “profissionais da saúde” fazerem esse papel? Sem falar que a agulha é usada em duas ou mais pessoas também, nas pessoas que foram “enganadas” e nas pessoas que tomaram mesmo a dose da vacina.

Esses “profissionais” precisam ser investigados, punidos e retirados definitivamente da área da saúde, afinal, se houver comprovação dessa atitude, são um perigo para a população. Cuidado, conferência e filmagem da aplicação é o que nos resta para termos certeza. Quando forem tomar a vacina ou levar alguém para ser vacinado, vejam se agulha é nova, vejam ser colocada a vacina, confirmem se não é água ou outra substância. E ainda, verifiquem essas “tais” pessoas que dizem cuidar da saúde, se estão cuidando de fato. Saúde de quem?

Claiton Appel

Diretor da Ordem dos Jornalistas do Brasil

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