Padre Abandonado Pela Igreja Depois de Abordar Questão de Gênero.

Pior do que o MP processar um sacerdote por suposto “crime” de homofobia – apenas porque ele se insurgiu contra recente e infeliz decisão do STF – é a posição absolutamente lamentável da Arquidiocese de Olinda e Recife.

Recebi a mensagem abaixo:

“A assessoria de comunicação Arquidiocese de Olinda e Recife informou, por telefone, que o padre Rodrigo não faz parte dos quadros da instituição, sendo pertencente à Congregação do Sagrado Coração. A arquidiocese também disse não concordar com as declarações do padre.”.

A Arquidiocese não concorda com a defesa da sã doutrina, é isso?

O Padre em momento algum falou mal da orientação sexual deste ou daquele grupo, mas apenas lamentou a decisão do STF que, segundo muitos jurídicas, é inconstitucional, pois não se cria tipo penal por analogia.

A Arquidiocese não pode abandonar o sacerdote e o entregar aos leões, mas os bons católicos de todo o Brasil não o abandonarão.

Alguns ajudarão com orações; outros, com apoios mais concretos. Mas todos os que amam a Verdade não se calaram.

O Estado – escrevo com letras garrafais – NÃO PODE INTERFERIR NA RELIGIÃO.

O que o MP faz em Pernambuco é inaceitável! O Direito não pode ser usado ideologicamente e a garantia fundamental da liberdade religiosa não admite ataques.

Igualmente inaceitável é o abandono do sacerdote que não fez nada errado.

O Estado tem o amplo direito de perseguir legalmente sacerdotes que cometem crimes, mas jamais sacerdotes inocentes e que se ocupam de temas de fé ou de ordenado fundo social.

Sei que não sou importante, porém tenho voz. E como alguém que tem voz e defende valores, não posso deixar de externar, ancorado na garantia fundamental constitucional da liberdade de expressão, meu sincero repúdio ao ato do MP, típico de intolerância religiosa, bem como enorme tristeza com as declarações inacreditáveis da hierarquia da Igreja em Olinda e Recife.

Peço orações não só aos católicos, mas aos cristãos ortodoxos e protestantes também. Todos corremos riscos sérios de perseguições. O ativismo judicial é perigosíssimo e bem vivo no Brasil.

Peço orações para que aqueles que têm o dever moral e sagrado de nos proteger espiritualmente não nos abandonem em nossas lutas em defesa da Cruz e da Luz de Cristo no mundo.

No dia de Santa Edwiges – que em tudo deu testemunho de amor ao Senhor – do ano da Graça de 2019.

Paulo Henrique Cremoneze
Semper Fidelis +
Advogado e Professor de Direito

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