Guillermo Lasso, 65 anos, foi eleito presidente do Equador nesse domingo (11.abr.2021). O ex-banqueiro, que se considera um liberal conservador, superou Andrés Arauz, aliado do ex-presidente Rafael Correa.
Com 98,65% dos votos apurados, segundo o CNE (Conselho Nacional Eleitoral), Lasso tem 52,49% dos votos válidos, contra 47,51% de Arauz. Com isso, o ex-banqueiro está matematicamente eleito.
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“É um dia histórico”, escreveu Lasso em seu perfil no Twitter.
“Hoje começamos a trabalhar mais do que nunca e a construir o país que todos queremos e merecemos: o Equador do encontro, com emprego, saúde, educação, inclusão, equidade e segurança para todos. A mudança chegou!”
Lasso faz parte do Movimento Creo, que defende ideias liberais conservadoras, e já havia se candidatado outras duas vezes à Presidência do Equador. Em ambas, ficou em 2º lugar nas eleições.
A ida de Lasso ao 2º turno de 2021 foi por uma pequena margem e foi motivo de contestação de adversários políticos.
Enquanto Arauz teve 32,72% dos votos, Lasso teve 19,74% e o 3º candidato, Yaku Pérez, 19,39%. Segundo o CNE, a diferença entre o ex-banqueiro e o candidato indígena foi de apenas 32.600 votos.
Lasso assumirá o comando do Equador a partir de 24 de maio, substituindo Lenín Moreno. O atual presidente equatoriano deixa o cargo em meio a críticas pela forma como geriu a pandemia da covid-19 e seus efeitos econômicos.
Em discurso transmitido pelas redes sociais, Arauz reconheceu a vitória do adversário, mas disse não considerar que sofreu uma “derrota política ou moral”. Segundo ele, o resultado foi um “revés político”.
“Hoje, não é um final, é o começo de uma nova etapa de reconstrução do poder popular”, disse Arauz.
“A partir de hoje, temos que voltar a ser só um Equador. Que viva o Equador. Nas campanhas, discutimos e propusemos com convicção, e buscamos nos diferenciar. Claro que lutamos por valores distintos, mas, hoje, chegou o momento de avançar. Temos que ter pontes e construir consensos.”
