Pastor e doutor em Direito: quem é André Mendonça, o novo ministro do STF

Apontado por Bolsonaro como “terrivelmente evangélico”, ex-AGU teve nome aprovado pelo Senado

Aprovado pelo Senado para assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), o doutor em Direito e pastor presbiteriano André Luiz de Almeida Mendonça foi ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil de abril de 2020 a março de 2021, quando o delegado da Polícia Federal Anderson Torres o substituiu no comando da pasta. Depois disso, voltou a atuar como advogado-geral da União no governo Bolsonaro, cargo que já havia ocupado entre 1º de janeiro de 2019 e 27 de abril do ano seguinte, até julho deste ano, quando foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao STF. Além disso, é professor visitante na Universidade de Salamanca (USAL), na Espanha, e na Fundação Getúlio Vargas (FGV), e professor no Centro Universitário de Bauru, antiga Instituição Toledo de Ensino (ITE).

Mendonça nasceu em Santos (SP), em 1972. Em 1993, graduou-se em direito pela ITE. Sua inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) veio em 2004. Três anos depois, ele se tornou advogado da Petrobras, função na qual permaneceu até 2000, quando saiu da empresa. Nela, entre 1997 e 1999, exerceu a atividade de chefe substituto da área de contratos e licitações. Já no ano em que deixou a companhia, começou a trabalhar como advogado da União.

Na Advocacia-Geral da União (AGU), Mendonça foi responsável por diferentes atividades antes de chegar ao comando, começando como procurador seccional da União substituto em Londrina (PR). Em 2004, se tornou titular no cargo. Dois anos depois, passou para a função de subcorregedor disciplinar. Já em 2008, foi transferido para a função de adjunto do procurador-geral da União, a qual exerceu até 2012; nesse período, idealizou a criação do Grupo Permanente de Combate à Corrupção, ganhando por isso o Prêmio Innovare, na categoria especial, em 2011.

Em 2009, ano em que concluiu uma especialização em direito público pela Universidade de Brasília (UnB), entrou como membro titular no Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção da Controladoria-Geral da União (CGU). Em 2013, Mendonça deixou o Conselho, terminou um mestrado em Corrupção e Estado de Direito pela USAL, e, já não mais trabalhando como adjunto do procurador-geral na AGU, se tornou coordenador do projeto pedagógico da Pós-Graduação “Lato Sensu” da Escola da AGU (EAGU) -Estado de Direito e Advocacia Pública; coordenador do grupo de pesquisa em Estado de direito e defesa da probidade e transparência pública no mesmo local; e vice-diretor da EAGU.

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