Líder do PCO “detona” Boulos e diz que Bolsonaro ‘entende a psicologia popular’ dos brasileiros

O político e jornalista Rui Costa Pimenta ,dirigente do Partido da Causa Operária (PCO), participou nesta última quarta-feira (1º) de entrevista à Jovem Pan News.

Na ocasião, ele teceu críticas ao Partido dos Trabalhadores (PT) e a Guilherme Boulos (PSOL). Mesmo declaradamente socialista, disse que o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), “entende melhor a psicologia popular” que a própria esquerda.

Em sua fala, Pimenta acusou os atuais progressistas do Brasil de serem favoráveis a “diversas medidas de cerceamento da liberdade de expressão”.

“Na ditadura militar toda a esquerda defendia a liberdade de expressão. É um princípio político. [Hoje] apareceu uma circunstância em que a esquerda considera que é mais favorável ser contra a liberdade de expressão”, disparou.

Sobre o PT, afirmou: “Eu fui militante [do partido]. Fomos expulsos no final da década de 80 justamente pelo problema dos acordos com a burguesia. Nós sempre criticamos e achamos que é um beco sem saída para os trabalhadores”.

“O governo Lula fez algumas reformas importantes, mas você não vai resolver os problemas do país com os donos do país. Você teria que romper. É possível [chegar ao socialismo], em tese, ao fazer reformas políticas e mudar o sistema democrático”, declarou, acrescentando que as eleições no país são pautadas pela mídia brasileira.

“A eleição é feita pela imprensa, o Moro já está lá, o Doria já está lá. Bolsonaro entende melhor a psicologia popular que a própria esquerda, ele nada de braçada nessa situação. Guilherme Boulos é um político artificial, ele não é um genuíno líder popular”, analisou.

De acordo com Pimenta, a revolução de extrema-esquerda defendida pelo PCO é uma experiência que jamais foi vista em outros regimes políticos pelo mundo.

“Todos os países que fizeram uma revolução e acabaram com a propriedade privada pararam no meio do caminho, não podemos apontar como modelo. Temos que considerar que todos são países pobres, os países ricos não sofreram uma revolução”, opinou.

“Cuba é um país muito mais pobre que o Brasil, logo, você não vai construir uma sociedade de abundância. A Alemanha oriental era um terço da Alemanha. A União Soviética era um país mais atrasado que o Brasil hoje”, finalizou.

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