Ao criticar Lula sobre regulamentação da mídia, Bolsonaro está refrescando memória do povo, diz JORNALISTA

No discurso lido na abertura do ano legislativo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) enumerou feitos de seu governo e fez ataques ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na sessão solene do Congresso Nacional, o mandatário do país também elencou projetos prioritários para a gestão federal para o ano de 2022. Também discursaram os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. Sem citar nominalmente o ex-presidente Lula, Bolsonaro também fez ataques ao petista e disse que nunca se dirigiu ao Congresso Nacional para pedir a regulação da mídia ou a contrarreforma trabalhista, propostas aventadas por integrantes do PT. O chefe do Executivo federal disse que “a nossa liberdade está acima de tudo”. “Ao entregar a presente mensagem presencial, reiteramos nosso compromisso com o Brasil, com o povo brasileiro e reafirmamos nosso objetivo de construir um país mais justo, próspero e voltado ao cidadão. Não deixemos que qualquer um de nós, quem quer que seja que esteja no planalto central, ouse regular a mídia, não interessa por qual intenção e objetivo. A nossa liberdade, a liberdade de imprensa não pode ser violada por quem quer que seja nesse país”, concluiu.

Durante sua participação no programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta quarta-feira, 2, a comentarista Bruna Torlay analisou o discurso de Bolsonaro e as críticas feitas a Lula, dizendo que o presidente está refrescando a memória de um eleitorado que se afastou por estar insatisfeito e mostrando o que o petista defende. “Bolsonaro mira a memória de um eleitorado que talvez, por estar insatisfeita ou não ter gostado muito dele começou a repensar algumas de suas opiniões sobre o Lula. Ele está refrescando a memória desse pessoal para falar: ‘Será mesmo que vocês vão ter coragem de fazer isso com vocês próprios e com o Brasil e apertar aqueles dois números fatídicos na urna? Pensem bem’. A gente tem visto isso em toda essa pré-campanha indireta que faz o presidente ao longo dos discurso”, afirmou Torlay, que continuou: “O Lula fala claramente que ele vai censurar as redes. Então a partir do momento que o Lula faz campanha contra si próprio, não custa pegar uma carona”.

JOVEM PAN

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