‘Querem me tornar inelegível e colocar na forca quem combateu a corrupção’, diz Dallagnol

O ex-procurador Deltan Dallagnol concedeu uma entrevista exclusiva ao programa Headline News, da Jovem Pan, nesta terça-feira, 9, e falou sobre a condenação sofrida pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por pagamentos irregulares de diárias, passagens e gratificações a membros da Operação Lava Jato. Segundo o jurista, o ministro-relator do processo o acusou de ‘improbilidade dolosa’ para que, assim, ele fique inelegível. Isso porque Deltan, filiado ao Podemos, é candidato à Câmara dos Deputados pelo Estado do Paraná. “Por que o ministro relator falou isso? Para me tornar inelegível. Pois a lei da Ficha Limpa prevê que quem é condenado por desaprovação de contas por ato de improbidade doloso, fica inelegível”, disse. O político ressaltou que está “indignado” com a decisão e acusou os ministros envolvidos em sua condenação de “colocar na forca quem combateu a corrupção” enquanto aqueles que envolvidos com estas práticas criminosas estão sendo “livrado nos tribunais ao redor do Brasil”.

“O que vimos acontecer foram cinco instituições diferentes – Ministério Público Federal, o Tribunal de Contas, Ministério Público do Tribunal de Contas, a Área Técnica do Tribunal de Contas e a Associação Nacional de Procuradores – falarem que todos os gastos foram regulares. E você tem quatro ministros, quatro delatados pela Lava Jato, que julgam os principais atores da Lava Jato e condenam a pagar, colocam na nossa conta todo o custo do funcionamento da operação. Isso contra todas as recomendações de todos os órgãos técnicos”, argumentou. Deltan relembrou o caso Banestado e ressaltou que a Operação Lava Jato realizou o mesmo modelo de pagamentos aos seus membros, não havendo, segundo o ex-procurador, qualquer irregularidade. “A procuradora-geral da República veio aos autos e disse que não existia como implantar um sistema alternativo. Não só a procuradora, mas a área técnica dos servidores concursados do Tribunal de Contas da União. E de novo, vem os quatro ministros indicados politicamente e que foram delatados na Lava Jato, julgando a Lava Jato. É o rabo abanando o cachorro”, pontuou.

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