Antes de Osama Bin Laden, Che Guevara planejou ataques terroristas contra os EUA

A data 11 de setembro de 2001 entrou para a história graças ao evento mais marcante do início do século XXI: os atentados terroristas as Torres Gêmeas orquestrado por Osama Bin Laden e sua Al-Quaeda, grupo terrorista que ele ajudou a fundar e que ganhou os noticiários internacionais após o atentado. 

O ataque terrorista entrou para a história como o mais letal da história, deixando no total mais de 1,000,00 mortos e uma destruição sem precedentes.  Mas décadas antes que Osama Bin Laden, e seus radicais islâmicos da Al-Quaeda colocassem seu plano terrorista em prática em 11 de setembro de 2001, os EUA quase foi palco de um atentado terrorista que se colocado em prática, teria entrado para a história ao lado do atentado as Torres Gêmeas.  

Mas diferente de 11 de setembro de 2001, os planejadores de tal trama terrorista não eram radicais islâmicos, mas sim terroristas comunistas cubanos.

“Levaremos a guerra para a própria casa dos inimigos imperialistas”, elogiou o guerrilheiro argentino Ernesto ”Che” Guevara em sua “Mensagem para a Conferência Tri-Continental” publicada em Havana em abril de 1967. Prossegue dizendo ele: “para seus locais de trabalho e lazer. Nunca devemos dar a ele um minuto de paz ou tranquilidade.Vamos atacá-lo onde quer que o encontremos”.

“O inimigo imperialista deve se sentir como um animal caçado onde quer que ele se mova. Assim, nós o destruiremos! Essas hienas são adequadas apenas para o extermínio. Devemos manter nosso ódio vivo e atiçá-lo ao paroxismo!”, dizia o carniceiro  marxista.

E quem era esse inimigo ”imperialista”? Quem eram essas “hienas?” a serem exterminadas? A resposta para ”Che” e seus admiradores e seguidores era óbvia: os Estados Unidos da América!.

Ataques de grupos terroristas de extrema-esquerda não eram uma novidade nos EUA. Desde o final do século XIX e do início do século XX, grupos radicais de tendências radicais anarquistas e comunistas já estavam empregando o terror contra o governo americano. Em 1886, no episódio que ficou conhecido como a Revolta de Haymarket, durante uma manifestação de trabalhadores em prol da jornada de oito horas de trabalho em Chicago, uma bomba plantada por anarquistas detonou perto de policiais, matando alguns e ferindo outros. William McKinley, 25º presidente dos Estados Unidos, foi assassinado em setembro de 1901 pelo um radical anarquista Leon Czolgosz. 

Em 1910 e 1919 mais dois atentados terroristas de autoria de anarquistas. Em 1 outubro, uma boma-relógio construída com dinamite explodiu em um beco ao lado do Los Angeles Times, matando 20 funcionários. Em 1920, ocorreria o atentado mais mortal em solo americano até então. O Atentado de Wall Street, como ficou conhecido, ocorreu em 16 de setembro de 1920, no distrito financeiro de Manhattan, em Nova York. A explosão vitimou 38 pessoas e deixou mais de 143 feridos graves. O bombardeio nunca foi solucionado, apesar de pesquisadores e historiadores acreditarem que o atentado tenha sido realizado por anarquistas italianos, chamados galleanistas, grupo responsável por uma série de atentados a bomba no ano de 1919 nos EUA. 

O atentado de ”Che” poderia ter entrado para o Hall de ações terroristas da extrema-esquerda nos EUA. Graças ao FBI de J. Edgar Hoover, a trama terrorista que Castro e Guevara haviam planejado foi descobertoa em novembro de 1962. Em 17 de novembro de 1962, o FBI de J. Edgar Hoover descobriu a trama terrorista, que seria executada por agentes cubanos que planejavam atacar o Macy Gimbel, Bloomindales e Grand Central Terminal de Manhattan com uma dúzia de dispositivos incendiários e 500 quilos de TNT. O ataque terrorista estava marcado para acontecer na semana seguinte, no dia seguinte ao Dia de Ação de Graças. A ação seria levada a cabo pelos agentes cubanos, ligados ao “Departamento de Libertação Estrangeira” de Cuba, á época chefiado e liderado por ”Che” Guevara.

Os agentes de Castro e Guevara planejavam disparar cinco vezes a energia explosiva nas três maiores lojas de departamentos do mundo, todos cheios de asfixia e pulsando de alegria no feriado do maior dia de compras do ano. Se a trama terrorista não tivesse sido descoberta a tempo pelo FBI, milhares de nova-iorquinos inocentes teriam sido fatalmente mortos naquela data. 

Castro e Che planejaram seu holocausto em Manhattan poucas semanas depois que Nikita Khrushchev frustrou seus planos para um ainda maior. “Diga olá para meus amiguinhos!” eles sonhavam em gritar com as hienas ianques em outubro de 1962, logo antes das nuvens de cogumelos. Mas, pela prudência do açougueiro de Budapeste (Nikita Khrushchev), eles poderiam ter conseguido. “Se os mísseis tivessem permanecido”, confidenciou Che Guevara ao London Daily Worker em novembro de 1962, sobre a crise dos mísseis cubanos, “Nós os teríamos usado contra o coração dos EUA, incluindo a cidade de Nova York”.

Alguns acham que a fantasia genocida de Fidel e Che foi um fator maior na decisão de Khrushchev de arrancar os mísseis do que o chamado bloqueio de Kennedy.

Esse plano de bomba cubana estava longe de ser “irracional”. Castro e Che não eram homens-bomba por qualquer meio. Ao explodir Manhattan e incinerar milhares de nova-iorquinos, eles tentaram aquecer as coisas novamente, para reacender todas as emoções que ele experimentara nas semanas anteriores durante a Crise dos Mísseis em Cuba.

Dado o temperamento da época, ele sabia que seus pais soviéticos de açúcar também estariam envolvidos. Então os EUA podem retaliar. Então Castro e Che teriam exatamente o que ele sonhou e tentaram provocar algumas semanas antes: uma troca nuclear intercontinental.

O embaixador soviético em Cuba durante a crise dos mísseis, Alexander Allusive, relata um dado fascinante – embora não surpreendente – sobre esses dias. Enquanto Castro implorava, ameaçava, até tentando enganar Khrushchev para lançar um ataque nuclear contra os EUA, enquanto ele estava reclamando, gritando e agitando os braços para pegar sua metralhadora tcheca e “lutar contra os invasores ianques até o último homem!” enquanto freneticamente envolvido em tudo isso, Castro e Che “medrosos” (termo de Allusive) também estavam fazendo reservas com Allusive para assentos de primeira classe no abrigo antiaéreo da embaixada soviética.

Assim, eles emergiram nos escombros fumegantes e milhões de corpos incinerados e realizaram seu sonho ao longo da vida: seus nomes marcados na história como os galantes Davids contra o ianque Golias.

Os agentes de Cuba que estavam levando a cabo esta conspiração terrorista no Dia de Ação de Graças em Manhattan,eram membros da missão cubana nas Nações Unidas trabalhando em conjunto com os membros do Comitê Fair Play For Cuba, um grupo comunista pró-Cuba que se tornaria mais conhecido um ano depois, quando seu membro mais proeminente, o radical esquerdista Lee Harvey Oswald ganharia um espaço nos livros de história, ao assassinar o presidente democrata John F. Kennedy, em Dallas(Texas), em 1963.

Entre os membros da organização castrista Fair Play For Cuba, estava ninguém menos que Lee Harvey Oswald, o militante comunista americano que em 22 de novembro assassinaria o presidente John F. Kennedy.

Na época desta trama terrorista cubana, o Comitê Fair Play For Cuba(organização americana pró-castrista) também incluía entre seus membros o correspondente da CBS Robert Taber (uma versão inicial de Dan Rather que conduziu a primeira novela de televisão de Castro em 30 de agosto de 1957 ) junto com o co-proprietário da revista The Nation, Alan Sagner. Em 1996, o presidente Clinton nomeou o chefe de Alan Sagner, da Corporação de Radiodifusão Pública escrupulosamente imparcial, em uma época em que o FBI havia escolhido o Comitê Fair Play for Cuba como um grupo de frente financiado por Castro.

O FBI estimou que de 25 a 50 outros estavam envolvidos na conspiração terrorista frustrada. Enquanto questionavam e desenterravam outros documentos, a lista de alvos foi ampliada para incluir o principal terminal de ônibus de Manhattans, várias refinarias na costa de Nova Jersey e a Estátua da Liberdade.

Se esses detonadores tivessem disparado no dia seguinte ao Dia de Ação de Graças em 1962, o 11 de setembro poderia ser lembrado como o segundo ataque terrorista mais mortal em solo americano. Mas os intentos terroristas de Cuba contra os EUA não terminariam com a tentativa frustrada em 1962. 

O treinamento e financiamento de terroristas por Cuba, passou a se intensificar ainda mais a partir de 1966, quando inaugurou-se em Havana a Conferência Tri-Continental, onde centenas e centenas de revolucionários marxistas latinos-americanos, africanos e asiáticos se reuniram para traçar um plano estratégico contra as potências ocidentais, em especial os EUA. 

Fidel Castro e Ernesto ”Che” Guevara abraçariam entusiasticamente o terrorismo revolucionário contra os EUA e seus aliados ocidentais.

Diz a jornalista americana Claire Starling, em seu clássico estudo sobre o terrorismo internacional, The Terror Network: the secret war of internacional terrorism(1981): 

”Dois anos mais tarde–em janeiro de 1966–inaugurou-se em Havana uma Conferência Tri-Continental, á qual compareceram 513 delegados representando 83 grupos terroristas do Terceiro Mundo. Jamais se vira coisa igual desde a Revolução Bolchevista de 1917, e o mundo nunca mais voltaria da ser o mesmo. A Declaração Geral da conferência lembrava aos proletários do mundo inteiro a necessidade de íntima coesão entre os ‘países socialistas'(do tipo soviético) e os ‘movimentos de libertação nacional’, incluindo providencialmente os ‘movimentos democráticos de trabalhadores e estudantes’ na Europa capitalista e na América do Norte. Seu objetivo era estabelecer ‘uma estratégia revolucionária global para combater a estratégia global do imperialismo americano”.

O mote da conferência era criar ”um, dois muitos Vietnãs” na África, América Latina e Ásia, da onde provinham a maioria dos revolucionários marxistas presentes na Conferência Tri-Continental. A reunião terminou com a criação de uma Organização de Solidariedade Africana, Asiática e Latino-americana. Seu secretariado ficou sediado em Havana e seu secretário-geral era Osmany Cientuegos Goriaran, um veterano do Partido Comunista Cubano. 

Mas a partir de 1968, os comunistas cubanos junto aos comunistas soviéticos decidiram levar a ”guerra contra o imperialismo” não apenas para o Terceiro Mundo mas para dentro da grande nação ”imperialista”: os Estados Unidos da América. Em finais da década de 60, Cuba passaria a subsidiar e treinar levas e levas de radicais esquerdistas americanos, que, voltando aos EUA, colocaram em prática os ensinamentos de seus gurus terroristas cubanos, para derrubar o ”governo reacionário e imperialista norte-americano”.  

Esses radicais, voltando aos EUA, fundariam a Weather Underground Organization(WUO). Mais conhecido como Weather Underground , o grupo terrorista foi uma organização americana de extrema esquerda fundada no campus de Ann Arbor da Universidade de Michigan.Originalmente chamado Weatherman, o grupo se tornou conhecido como The Weathermen. A Weatherman foi organizada inicialmente em 1969 por membros do movimento Students for a Democratic Society tendo sido composta pela maior parte da liderança nacional da SDS e seus apoiantes. Segundo o comitê do Senado que investigou suas atividades, o objetivo do Weatherman Underground era criar um partido clandestino revolucionário para desestabilizar o governo dos Estados Unidos.

A organização apoiava o ”Black power”, fazia oposição à Guerra do Vietnam e realizou uma série de atentados a bomba em meados dos anos 1970. O grupo pregava que estava engajado em “uma luta anti-imperialista” e ”anti-racista”. Com posições revolucionárias marxistas-comunistas caracterizadas pela oposição à Guerra do Vietnã e ao ”imperialismo”(que acreditavam estar personificado pela figura dos EUA), o grupo realizou uma campanha de bombardeios em meados da década de 1970 á prédios públicos, e participou de ações como a fuga de presos como a do Dr. Timothy Leary, prestava apoio a grupos radicais de agitação racial, como o Partido dos Black Panther’s, e também aos movimentos de lutas de libertação nacional do terceiro-mundo.

O “Days of Rage”(dias de ira), sua primeira manifestação pública em 8 de outubro de 1969, foi uma revolta em Chicago, programada para coincidir com o julgamento dos Chicago Seven. Em 1970, o grupo emitiu uma “Declaração de Estado de Guerra” contra o governo dos Estados Unidos, sob o nome “Weather Underground Organization’‘. Alguns dos membros fundadores do grupo visitaram Cuba em 1969, por meio das ”Brigadas Venceremos”, formada por estudantes da SDS e controlada por Alfredo Garcia Almeidaoficial do serviço de inteligência cubano.

Entre os membros mais notórios do grupo radical marxista americano, estava o terrorista Bill Ayers, um sectário militante comunista.

O jovem radical comunista americano Bill Ayers se tornaria conhecido na década de 70 por suas atividades terroristas domésticas contra o governo americano.

Um sensacional sucesso para o serviço de inteligência cubano, a Direcciónn General de Inteligencia(DGI) e para a KGB soviética(que a partir de 1968 passou a controlar e supervisionar a inteligência cubana), as ”Brigadas” visitaram Cuba em três contingentes distribuídos de 1969 a 1977, estimados em 2.500 jovens americanos, muitos deles membros da SDS. O objetivo da organização, era realizar uma seleção de jovens radicais de esquerda, simpáticos a Revolução socialista em Cuba, para serem cooptados para treinamento em táticas de extremismo nos campos de Havana.

O responsável por revelar em detalhes como se deu a cooptação destes jovens radicais esquerdistas americanos pelos serviço de inteligência cubano, foi o ex-agente cubano do DGI, Orlando Castro Hidalgo, que desertou do serviço cubano em 1969. Hidalgo, em seu depoimento prestado perante a uma comissão do Senado dos Estados Unidos, revelou como se dava o treinamentos de radicais esquerdistas da Europa e dos EUA em táticas de guerrilha e terrorismo urbano nos campos de treinamento em Cuba.

Lá, sob o olhar e supervisão do Coronel Simenov da KGB, seus membros foram treinados e preparados para montar uma campanha realmente eficaz para desestabilizar internamente Estados Unidos. O ritmo foi estabelecido pelo Weathermen, cujos líderes Bernadine Dohen e Peter Clappvisitaram Havana, em meados de 1969, em uma delegação das Brigadas, a fim de se encontrarem com as dirigências cubanas e a delegação do Vietnã do Norte e Vietcong. A grande manifestação dos Wethermen, em 8 de Outubro de 1969, em Chigaco, uma manifestação em que declaravam guerra ao governo americano, ocorreu logo após seu retorno aos EUA.

A estratégia do DGI-KGB, era cooptar grupos de jovens radicais e os movimentos ”pacifistas” estudantis, como instrumento para desestabilizar a intervenção americana na Guerra do Vietnã, e favorecer o lado comunista Vietcong e norte-vietnamita. Vários dos movimentos ”anti-guerra” de maio de 68, que protestavam contra a intervenção americana no Vietnã, serviam exatamente a esse objetivo, e muitos eram dirigidos e manobrados.

A arte das rebeliões e motins estudantis rotineiros nas universidades americanas durante a guerra, foi passada a milhares de jovens estudantes americanos através de publicações do tipo O Livro de Receitas dos Anarquistas(1969) de William Powell, escrito, segundo o autor, para protestar contra o envolvimento do governo dos EUA na Guerra do Vietnã, cujo conteúdo era literalmente copiado das aulas ministradas nos campos de guerrilheiros em Cuba, dando instruções para a fabricação de explosivos, drogas “recreativas”, equipamentos rudimentares de perturbação das telecomunicações e outros itens perigosos e ilegais.

As campanhas de terrorismo do grupo, tiveram como alvo principalmente prédios, instalações e instituições do governo americano, juntamente com vários bancos. O grupo afirmou que o governo dos Estados Unidos vinha explorando outras nações travando uma guerra como forma de solidificar a América como uma nação maior. Em seu documento fundador o grupo pedia uma união das “forças de combate brancas” para se aliar ao “Movimento de Libertação Negra” e outros movimentos radicais marxistas, para alcançar “a destruição do imperialismo dos EUA e alcançar um mundo sem classes: o comunismo mundial”. 

Devido a seus ações terroristas dentro dos EUA, o grupo rapidamente entrou para a lista de mais procurados do FBI.

No atentado do Capitólio dos Estados Unidos em 1 de março de 1971, eles emitiram um comunicado dizendo que estava “em protesto contra a invasão do Laos pelos EUA”. No bombardeio do Pentágono em 19 de maio de 1972, eles afirmaram que foi “em retaliação ao bombardeio americano em Hanói “. Para o bombardeio de 29 de janeiro de 1975 do prédio do Departamento de Estado dos Estados Unidos , eles afirmaram que foi “em resposta à escalada no Vietnã “. 

Três anos antes de alguns membros militantes da Estudant’s for a Democratic Society se separarem para formar a Weather Underground Organisation em 1970, as autoridades norte-vietnamitas e cubanas estavam influenciando a estratégia e o movimento anti-guerra no Vietnã, por meio de reuniões estrangeiras. Muitas dessas reuniões foram realizadas em países comunistas, incluindo Hungria, Tchecoslováquia e Vietnã do Norte. A estratégia de oferecer treinamento a jovens americanos de esquerda, onde retornavam como terroristas profissionais, estava alinhada com a estratégia soviética de desestabilizar por todos os meios possíveis, a intervenção do governo americano na Guerra do Vietnã, para favorecer as tropas comunistas do Vietcong.

Muitos dos movimentos de protesto promovidos pela New-Left americana contra a intervenção americana no Vietnã, foram manipulados e dirigidos por Moscou, Pequim, Cuba e Hanói. Tais movimentos com sua retórica ”anti-belicista” e ”anti-imperialista”, com a ajuda de uma tropa-de-choque de intelectuais nas cátedras universitárias e de jornalistas na imprensa, ajudaram a boicotar moralmente e politicamente as ações das tropas americanas no conflito, já que apenas denunciavam os excessos(reais ou imaginários) dos soldados americanos, enchendo-os de cobranças morais para com os direitos humanos, ao mesmo tempo em que silenciavam para o fato de que o exército Vietcong e do Vietnã do Norte cometiam covardias e brutalidades muito maiores. 

O Weather Underground tinha ligações com as ditaduras comunistas em Cuba e do Vietnã do Norte. O objetivo de tais regimes, era criar um forte movimento de oposição a Guerra do Vietnã dentro dos EUA, para debilitar a intervenção americana no conflito, e assim favorecer a vitória do Vietcong comunista. Em julho de 1969, alguns membros da liderança da Weatherman viajaram para Cuba e se reuniram com representantes do Vietnã do Norte para aprender com sua experiência revolucionária. Os comunistas norte-vietnamitas solicitaram uma ação política armada para deter a guerra do governo dos EUA no Vietnã. Posteriormente, eles tiveram financiamento, treinamento e auxílio tático-logístico de Cuba.

O canal de contato nos Estados Unidos entre membros do grupo e o regime castrista, era um grupo de agentes de inteligência designado para o pessoal da Missão Cubana nas Nações Unidas, em Nova York. Esses agentes organizaram para que jovens americanos, fossem doutrinados com fervor e radicalismo revolucionário e, ocasionalmente, fossem treinados em armas práticas por oficiais militares cubanos através das chamadas ”Brigadas Venceremos”.

”A Brigada Venceremos” era uma organização internacional politicamente de esquerda, fundada em 1969 por membros dos Estudantes para uma Sociedade Democrática (SDS) e funcionários do serviço de inteligência de Cuba. A organização era controlada pelo oficial de inteligência cubano Alfredo Garcia Almeida, chefe do Departamento da Seção Norte-Americana das Américas e ex-conselheiro político da Missão Cubana as Nações Unidas em Nova York, e reunia um grupo de jovens americanos de ultra-esquerda, simpáticos a Revolução Cubana e que colaboravam com a ditadura castrista. Muitos deles fizeram viagens a ilha.

Agentes do serviço de inteligência cubano, o DGI(Dirección de Inteligencia), penetravam nos EUA no período, com o objetivo de recrutar indivíduos politicamente orientados, e que algum dia poderiam obter uma posição, eletiva ou indicativa, em algum posto do governo dos Estados Unidos, e que proporcionasse ao governo cubano acesso à inteligência política, econômica e militar do país.

Depois que o grupo se tornou procurado por suas ações terroristas, em 1970, e muitos dos membros do grupo estavam sendo procurados pelo FBI, oficiais da inteligência cubana estiveram em contato com eles tanto da missão de Nova York quanto da Embaixada de Cuba no Canadá, e os ajudaram a escapar das autoridades americanas, mandando-os para Praga e Checoslováquia, e depois ajudando a fazer com que reentrassem nos Estados Unidos despercebidos. O grupo começou a declinar depois que os Estados Unidos chegaram a um acordo de paz no Vietnã, em 27 de janeiro de 1973 na conferência de Paris, após o qual a onda de protestos e movimentos de contestação contra a guerra também perdiam a força. Em 1977 a organização encerrou definitivamente suas atividades.

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