PERSEGUIÇÃO AOS CRISTÃOS NO BRASIL: DA PASSARELA DO SAMBA À CENSURA ISLÂMICA JUDICIALIZADA

A capa do jornal O Globo, famoso por propalar matérias depreciativas contra os cristãos, traz como imagem central a figura de um negro crivado de balas pendurado numa cruz olhando para o céu com semblante de “vítima”. Dentre todas as escolas de samba que cruzaram a “avenida do escárnio”, é lógico que o jornal resolveu tornar manchete aquela que vitupera a fé cristã em respeito ao contumaz samba-enredo do preconceito religioso seletivo.

Já virou “tradição” da folia carnavalesca em parte financiada por “pobres traficantes e bicheiros” – vítimas da sociedade – o ataque a Jesus Cristo, reverenciado por milhões de brasileiros num país majoritariamente cristão.

São vários os fatores que descambam na afronta vexatória contra a fé cristã, porém, o mais relevante é, sem sombra de dúvida, a certeza da impunidade, pois, o batuque da ideologização que sonorizou o aparelhamento das instituições nas últimas décadas garantiu o grito estridente monocromático vermelho com pincel progressista nas passarelas de boa parte do Ministério Público e STF, os quais no passo e compasso do samba decadente, fantasiaram a perseguição religiosa com ‘adereços revisionistas’ de liberdade de expressão e artística. Afinal, quem não lembra da decisão do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, tacitamente aplaudindo a ação de retratação de um “Jesus Cristo gay” no filme “A Primeira Tentação de Cristo” pelo programa Porta dos Fundos exibido na Netflix, que continua sendo financiada – via assinatura – por milhares de cristãos indignados, mas nem tanto!

Vale lembrar da justificativa de Toffoli para, ao arrepio da lei penal, respaldar a “legitimidade e moralidade” da representação do “Jesus gay”:

“Não se descuida da relevância do respeito à fé cristã (assim como de todas as demais crenças religiosas ou a ausência dela). Não é de se supor, contudo, que uma sátira humorística tenha o condão de abalar valores da fé cristã, cuja existência retrocede há mais de 2 (dois) mil anos, estando insculpida na crença da maioria dos cidadãos brasileiros”.

As “Faces do ódio” contra Jesus e os cristãos
Amparado na “visão revolucionária” de Dias Toffoli, NADA tem o “condão de abalar os valores da fé cristã”, ainda que diariamente, a imprensa e inúmeros professores, intelectuais, carnavalescos, atores, youtubers e outros segmentos do “ódio do bem” escancarem línguas afiadas ridiculizando e demonizando tudo que se refira direta ou indiretamente à fé cristã. O objetivo é um só: desconstruir o Cristianismo com medíocres RELEITURAS progressistas que só cabem nessa doutrina religiosa, que deve ser obrigatoriamente “esvaziada” de todos os seus conceitos e sentidos.

Assim, quanto mais difamatório e perverso for o ataque contra o Cristianismo, certamente será mais aplaudido por aqueles que dizem apregoar o “humanismo”. De sorte que, pouco importa as incontáveis vidas de crianças, adolescentes e jovens que o poderio do tráfico de drogas na comunidade da Mangueira faz descer à cova, desde que milhares de reais manchados de “sangue dos jovens negros” vítimas da violência do crime organizado sirvam para a “pauta humanista” que deprecia a lei e a ordem, representando um Jesus negro crivado de balas numa cruz ou um Jesus espancado raivosamente pela polícia.

Importante esclarecer que no carnaval da Mangueira e da Globo, Jesus tem diversas “faces”[1]: negro pendurado na cruz, vítima da violência policial, mendigo, mulher, cortejador de escola de samba, morador de comunidade… só não foi retratada a face de um “Jesus traficante”, porque no enredo dessa escola de samba traficante é “herói”, um vencedor que merece todo respeito da sociedade. O tráfico é um “ente superior” aos demais, sejam terrenos ou sobrenaturais.

A ameaça de “criminalização” da retratação “das faces do profeta Mohammad”
Como o carnaval sempre foi “cortina de fumaça” para os malogros sociais, perseguição muito maior se vislumbra equidistante da passarela do samba. Não havendo possibilidade de lançar Cristo na prisão, o intuito dos perseguidores da fé cristã é lançar os seus seguidores num presídio, isto porque, num país onde as inventadas “faces de Jesus” são motivo de ridicularização em releituras difamatórias para atacar cristãos, as “faces do profeta Mohammad” retratadas pelo alcorão e hadiths são PROIBIDAS de ser divulgadas publicamente. Quem se atreve nesse país NÃO-MUÇULMANO e LAICO a apresentar o Islã ortodoxo como inspirador para as mais violentas violações de direitos humanos recebe de “presente” de entidades religiosas adeptas da “religião da paz” a instauração de inquérito policial ou ação judicial.

Na calada da noite, sem o barulho ensurdecedor da cuíca, instituições muçulmanas brasileiras estão processando ativistas e religiosos que se atrevem a não aceitar a imposição da sharia (lei islâmica) que proíbe críticas ao Islã, impondo “punições” contra os infiéis desobedientes.

Entidade muçulmana palestina luta judicialmente por “prisão” de pastor que critica o Islã
A mais nova vítima da CENSURA ISLÂMICA que municia a ação denominada “jihad jurídica” por ativistas é o Centro Apologético Cristão de Pesquisa (CACP), que na pessoa do seu representante, o pastor JOÃO MARTINEZ, teve a surpresa de tomar conhecimento de INQUÉRITO POLICIAL FEDERAL instaurado a pedido da Procuradoria da República após solicitação da FEDERAÇÃO ÁRABE PALESTINA DO BRASIL (FEPAL). O objetivo do inquérito que tramita na Delegacia Federal de Rio Preto /SP é apurar a prática de delito de indução ou incitação à discriminação ou preconceito contra etnia, religião ou procedência nacional.

O pastor Martinez está sofrendo essa represália judicial pelo simples fato de denunciar as bases doutrinárias exaradas nos livros sagrados islâmicos que fundamentam ações violentas no mundo muçulmano e as atrocidades promovidas por seu profeta. Ou seja, por críticas dirigidas ao corpo doutrinário de uma religião e ao seu fundador, um pastor está respondendo a inquérito numa delegacia de Polícia Federal, mesmo não havendo nenhuma convocação a atos de violência contra muçulmanos ou qualquer ataque à pessoa dos religiosos.

Denunciar a natureza violenta de algumas passagens do alcorão deve ser considerado “crime”?
A INJURÍDICA tipificação sugerida pela FEPAL e acatada pelo Procurador da República está fundamentada no art. 1º da Lei nº 7.716/89, que diz:

Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

Todavia, os textos publicados pelo pastor demonstram incontestavelmente DENÚNCIA acerca da natureza violenta de determinadas suras do alcorão, as quais são identificadas. De modo que, além de caraterizar posicionamento teológico cristão, que indubitavelmente substancia diferenças abissais com o Islã e tem amparo constitucional para exposição sem CENSURA, os textos expõem teor eminentemente DENUNCIATIVO, o que, por si só, foge do enquadramento penal acima proposto pela entidade islâmica que almeja implantar a sharia no Brasil usando de forma desvirtuada nosso ordenamento legal.

Tentar impedir a DENÚNCIA do teor de violência impresso em determinados textos sagrados islâmicos contestados até mesmo por “muçulmanos moderados” – considerados “murtad” (apóstatas) – pelos seguidores do Islã ortodoxo, é, nada mais que violação da liberdade de expressão, importando em grave violação dos direitos humanos. Mas a falta de conhecimento do Ministério Público acerca dos dogmas que se propõe a defender impede formalizar entendimento justo sobre a questão. Daí, fica mais fácil “criminalizar um discurso religioso” crítico ao Islã ortodoxo.

E antes que a “sanha belicosa” da FEPAL me ameace com processo, já aviso que acredito piamente na existência do “Islã moderado”, aquele que leva seus pacíficos defensores à pena de morte por “apostasia” em alguns países muçulmanos considerados estranhamente “moderados” pelo Ocidente. Se houver alguma dúvida sobre esse assunto, posso trazer diretamente do mundo muçulmano “exemplos” das “piedosas penas” que as mais respeitadas entidades islâmicas impõem aos muçulmanos e não-muçulmanos (humanistas, escritores, jornalistas, etc), que se atrevem a pedir REFORMA na “religião da paz”.

A sharia é compatível com o ordenamento jurídico brasileiro?
Outro “crime” que o pastor Martinez supostamente praticou à luz da interpretação muçulmana que “desorienta” o Ministério Público, foi publicizar que abomina a sharia e não aceita sua implementação em território brasileiro. Aliás, queria entender o motivo dos poderosos grupos LGBTI no Brasil não terem “judicializado” a prática de uma “religião” que FUNDAMENTA a PERSEGUIÇÃO AOS HOMOSSEXUAIS EM TODOS OS PAÍSES que compõem a chamada Dar al- Islam (casa ou terra do Islã). Quem sabe a perseguição ao pastor e à entidade que preside não sirva para o Brasil iniciar os debates sob o tema “é “constitucional” a imposição da sharia à luz da Constituição Federal e ordenamento moral brasileiro”?

Será que a agenda de ativistas de direitos humanos e grupos LGBTI continuará centrada nos ataques aos evangélicos no Brasil, rotulados como “homofóbicos”, esquecendo da “religião” que dá base para “países muçulmanos moderados” como o “Egito” promoverem “atos de tortura” contra gays, inclusive, os abomináveis “testes anais”, que resulta na prisão daqueles que não estão adequados à “sharia homofóbica”?

Por que a única religião que deve ser “problematizada”, segundo os humanistas, é o Cristianismo?
É momento de debater à luz dos DIREITOS HUMANOS o Islã ortodoxo. A referida “religião” não está acima da “problematização” como acontece com o Cristianismo, embora os muçulmanos que clamem por REFORMA sejam ignorados, atacados e/ou mortos. Nomes como o imã Mohammad Tawhidi – notório reformador ameaçado de morte por jihadistas de todo mundo por ser um dos líderes do movimento global de REFORMA DO ISLÃ – são desprezados por “humanistas” que defendem de fato, os verdadeiros “líderes radicais” responsáveis pela dor e sofrimento de crianças, mulheres e minorias diversas no mundo muçulmano, obrigadas a suportar o amargo fardo da sharia.

Logo, há necessidade URGENTE de grandes ministérios evangélicos brasileiros, bem como o Legislativo, apoiarem o lídimo direito desse pastor brasileiro não ser engolido pela “sharia judicializada”, condenando e denunciando veementemente o uso das leis de um país LIVRE e democrático sendo usadas na tentativa perversa de impor a “mordaça islâmica” no Brasil de maioria cristã.

Se os cristãos brasileiros não se arregimentarem imediatamente numa frente contra a incipiente intolerância muçulmana, brevemente o próximo samba-enredo da Mangueira representará a realidade de cristãos presos por não acatar os “mandamentos” da “religião da paz” na terra de mil e uma faces do “Jesus progressista”.

Andréa Fernandes – é advogada, jornalista, internacionalista e presidente da ONG Ecoando a Voz dos Mártires.

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