Tensão aumenta na Bolívia após chamado opositor à intervenção militar

Tensão aumenta na Bolívia após chamado opositor à intervenção militar

A tensão aumentava neste domingo (3) na Bolívia, duas semanas após a reeleição questionada do presidente Evo Morales e depois que um influente líder regional da oposição chamou os militares a intervir na crise política.

Em um comício no sábado (2) à noite, Luis Fernando Camacho, chefe de uma poderosa entidade civil na rica região de Santa Cruz, lançou um ultimato a Morales e deu-lhe 48 horas para renunciar.

“(Morales) tem 48 horas para renunciar, porque nesta segunda-feira às sete horas da noite (20h00 no horário de Brasília), vamos tomar medidas e garantiremos sua saída”, disse Camacho a uma multidão em Santa Cruz, reduto da oposição.

Camacho, líder do Comitê Cívico de Santa Cruz, também leu uma carta dirigida aos chefes das Forças Armadas, a quem pediu para “estarem ao lado do povo” nesta crise desencadeada pela questionada vitória eleitoral de Morales, no poder desde 2006.

A oposição boliviana exige a anulação da votação de 20 de outubro e a convocação de novas eleições gerais (presidenciais e legislativas).

Camacho é o primeiro político boliviano a chamar a intervenção militar nesta crise, mas suas declarações podem ser consideradas como “sedição”, um crime punível pelo Código Penal Boliviano, segundo um especialista em direito consultado pela AFP.

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