Lula se desdiz sem pudores. Sua palavra não vale nada

Daniel Ferreira/Metrópoles

Quanto vale a palavra de alguém que nunca acha absolutamente nenhuma dificuldade em dizer hoje o contrário do que disse ontem, e dirá amanhã o contrário do que disse hoje, e assim por diante? Não vale nada. Não vale nada nem para quem diz e se desdiz, porque chega uma hora em que nem ele mesmo sabe mais o que disse e o que não disse.

Eis o ex-presidente Lula, na sua exata medida. Qualquer pessoa que não seja surda, e também não entenda a linguagem de sinais, ouviu perfeitamente ele dizer, logo após sair da cadeia, que a militância do PT e da esquerda deveria fazer no Brasil o que os extremistas têm feito no Chile, com os resultados que todo mundo sabe: destruição, incêndios, quebra-quebra, baderna, agressões e mortes

Também ouviu ele dizer que suas forças devem “atacar”, e não apenas se defender. (Nem é preciso mencionar que, além disso, chamou o ministro Sergio Moro de “canalha” e o promotor Deltan Dallagnol de “chefe de uma quadrilha que roubou a Petrobras”)

Agora, depois que o ministro Paulo Guedes chamou essas palavras pelo que elas realmente são – uma exibição de barbárie, e uma convocação aberta à desordem – Lula achou que era melhor se desdizer.“Nunca me viram incitando o quebra-quebra”, disse ele.

Últimas Notícias