Delação de Palocci atinge principal bandeira da vida pública da Governadora do RN Fátima Bezerra (PT)

A aparente tranquilidade da governadora Fátima Bezerra pode estar com os dias contados. Depois de duas semanas em viagem regada a conversas, selfies, queijos e expectativas, a chefe do Executivo estadual é acusada pelo ex-companheiro petista Antonio Palocci de receber propina da empreiteira Camargo Corrêa. 

A  honestidade é uma das bandeiras de Fátima, desde quando radicalizava na oposição como sindicalista, passando pela Assembleia Legislativa, como deputada, e pelo Congresso Nacional.   

Não que a delação de Palocci jogue por terra a honestidade de Fátima, entretanto, é a primeira vez que a paraibana que adotou o Rio Grande do Norte como sua terra vai ter que enfrentar acusações, desconfianças e comentários dos mais diversos, que se multiplicarão nas redes sociais nas próximas horas.  

Pertencente ao Partido dos Trabalhadores, que investigações da Operação Lava Jato apontam como responsável pela maior onda de saques contra cofres públicos brasileiros, Fátima Bezerra corre o risco de ser jogada na “vala comum” escavada pela corrupção.  

Fátima repete ter assumido o Governo “quebrado”, numa herança deixada por Robinson Faria, seu antigo aliado. De janeiro até hoje, pagar em dia os salários dos servidores não tem sido tarefa fácil; três folhas atrasadas ainda da época do seu antecessor permanecem em aberto; a economia potiguar está capenga, não decola; o desemprego bate à porta de milhares de potiguares; os serviços oferecidos na área da Saúde pública são alvo de críticas severas, algumas feitas, inclusive pelo Sindicato dos Médicos.  

Fátima vai precisar demonstrar habilidade não apenas para conseguir se desvencilhar das acusações de Palocci, mas também para manter a maioria na Assembleia Legislativa, de onde surgem informes que a maioria pró-governadora não é mais, digamos, consistente e fiel.

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