Mercado reage mal a abandono de superávit para ano que vem

Segundo o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta terça-feira (16), economistas revisaram as previsões de crescimento econômico do Brasil, do dólar e da taxa básica de juros, a Selic, para o ano de 2024, bem como as projeções de inflação para o mesmo período.

Diante dos dados divulgados pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), alas do mercado trabalham com a possibilidade de o ciclo de queda dos juros terminar antes do previsto.

Para o IPCA de 2024, os economistas consultados pelo BC diminuíram a projeção de 3,76% para 3,71%, mantendo-se abaixo do centro da meta estabelecida em 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. As estimativas para 2025 aumentaram ligeiramente, passando de 3,53% para 3,56%, enquanto para 2026 permaneceram em 3,50%.

Em relação à Selic, a expectativa para 2024 subiu de 9% para 9,13%, enquanto para 2025 permaneceu em 8,50%, e em 2026 manteve-se estável. Quanto ao crescimento do PIB, as projeções para 2024 foram elevadas de 1,90% para 1,95%, enquanto para os anos seguintes, 2025 e 2026, permaneceram em 2%.

No que diz respeito ao dólar, as previsões para 2024 foram ajustadas para cima, passando de R$ 4,95 para R$ 4,97, após terem atingido R$ 5,23 anteriormente. Para 2025, a projeção permanece em R$ 5, enquanto para 2026 foi reduzida de R$ 5,04 para R$ 5,03.

Essas revisões surgiram após o governo federal decidir modificar a meta fiscal para 2025, alterando-a de um superávit primário de 0,5% do PIB para um déficit zero, mantendo a mesma meta estabelecida para este ano de 2024.

Além disso, ná máxima desta terça, o dólar comercial atingiu R$ 5,28 e chegou ao seu maior valor desde 23 de março de 2023, mais de um ano atrás, quando fechou a R$ 5,29. Às 11h, subia 1,48%, aos R$ 5,26.

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