Juízes do STF querem diminuir os poderes do presidente

Mudança proposta pelos togados do STF busca enfraquecer o presidente e fortalecer o Centrão

Com notório histórico de brigas, Gilmar Mendes e Luis Barroso não se bicam. Menos quando trata-se de buscar formas de sabotar o presidente Bolsonaro. Faz alguns anos que Gilmar propõe que o Brasil torne-se um sistema semipresidencialista, e por imposição. Ou seja: fazer a mudança sem consultar o povo. E Barroso, em declarações recentes, parece concordar com o sistema proposto pelo seu suposto desafeto no STF.

“Será o primeiro-ministro quem conduzirá o varejo político. E há possibilidade de destituição não traumática do primeiro-ministro se ele tiver perdido a sustentação política”disse Barroso, explicando como funciona, na teoria, o semipresidencialismo. E prosseguiu: “O presidente [Bolsonaro] continua com seu mandato. Essa é a inovação que eu acho que nós deveríamos implantar para 2026, para que não haja mais nenhum interesse posto em mesa. Eu defendo essa ideia”.

Querem saber onde está a pegadinha? No semipresidencialismo, o presidente é substituído pelo primeiro-ministro. Torna-se primeiro-ministro quem for o líder da coligação de partidos que contar com o maior número de parlamentares.O STF sabe que o Centrão domina tanto a Câmara dos Deputados quanto o Senado, e o Supremo faz parte dessa aliança com o Centrão. Instituir o semipresidencialismo seria aumentar os poderes do Centrão, e portanto, dos togados do STF.

Foto: Carlos Humberto/STF/ Divulgação

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