Mãe de filhos vacinados com dose adulta na PB alega falta de apoio da prefeitura: ” Meu filho está com reações depois da vacina e ninguém faz nada!

Sonho com um abraço': a luta de uma mãe para deter doença degenerativa do  filho - BBC News Brasil
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Uma das mães que teve os filhos vacinados contra a Covid-19 com doses de adultos em Lucena (PB), afirmou, em depoimento ao MPF (Ministério Público Federal), que não foi assistida por nenhum órgão de saúde ainda que o filho mais velho tenha apresentado reações adversas à vacina, como tontura e fraqueza, durante dois dias. 

A mulher, que teve a identidade preservada, levou os dois filhos, um de 5 e outro de 7 anos, para receber a imunização contra a Covid após ter sido informada, pelas redes sociais, de que haveria um Dia D de vacinação para crianças em 7 de janeiro deste ano. A informação teria sido passada pela agente comunitária de saúde que atende ao assentamento Outeiro de Miranda. 

De acordo com a mãe, como ela tinha o conhecimento de que a vacinação pediátrica tinha sido liberada no Brasil, foi à unidade de saúde imunizar os filhos após o chamamento da agente. Ao MPF, a mulher afirmou que não houve distinção entre as doses aplicadas em adultos e crianças. A própria técnica de enfermagem responsável pela aplicação admitiu ao Ministério Público que não alterou a dosagem para o público infantil e, por isso, a dose aplicada foi três vezes maior do que a estabelecida para a faixa etária.

O filho de sete anos apresentou tontura e fraqueza durante dois dias, relatou a mãe. Mesmo depois que teve conhecimento do erro, ela informou que “não teve apoio da técnica que aplicou, nem do prefeito, nem da Secertaria de Saúde”. Ela disse não ter levado a criança para a UBS “porque perdeu a confiança após o ocorrido”. 

Em nota, a prefeitura de Lucena (PB) afirmou que “está pondo à disposição das famílias acompanhamento médico e monitorando as crianças”. Alegou, ainda, que “as crianças que recebem as vacinas não apresentam quadro adverso na saúde”. Em depoimento, a mãe refutou a nota. “Nenhum órgão de saúde acompanhou as crianças e a nota que foi divulgada não condiz com a verdade”, alegou.

r7

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